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Colômbia/FARC

Nova fase de negociações de paz com as FARC começa na 5ª feira

A primeira rodada das negociações oficiais de paz entre o governo colombiano e as FARC, que tinha início previsto nessa segunda-feira em Oslo, na Noruega, foi adiada para quinta-feira, segundo um comunicado divulgado hoje pela presidência colombiana. Oficialmente, o mau tempo em Bogotá atrasou a viagem da delegação governamental à Noruega, mas a imprensa local especula que o adiamento é ligado a uma exigência de última hora dos guerrilheiros marxistas.

Guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
Guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Wikipédia
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De acordo com a imprensa colombiana, o adiamento foi provocado por uma tensão de última hora. A guerrilha tentou incluir em sua delegação uma rebelde de nacionalidade holandesa, Tanjia Nijmeijer, acusada do sequestro de três americanos que trabalhavam numa empresa de segurança em 2003. A mulher de 34 anos estudou na Colômbia e no ano 2000 aderiu à guerrilha marxista.

Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, as FARC afirmam que o governo colombiano aceitou incluir a holandesa nas discussões, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades de Bogotá. Um comunicado conjunto publicado logo em seguida pela presidência colombiana afirma que as duas delegações estarão na Noruega na quarta-feira e instalarão na quinta, dia 18, o diálogo de paz acompanhado de uma coletiva de imprensa. 

A delegação colombiana é chefiada pelo ex-vice-presidente Humberto De la Calle. O líder dos guerrilheiros nos debates, Ivan Marquez, chegou em Cuba no final da tarde de segunda-feira, onde encontrou-se com os demais membros da delegação e aguarda a partida para Oslo. Ontem, a imprensa francesa chegou a dar como certa a presença da delegação das FARC na capital norueguesa desde a manhã de segunda-feira.

Esta será a quarta tentativa de diálogo visando acabar com um conflito armado que dura há 50 anos. Bastante enfraquecidas na última década, as FARC ainda contam com 9.200 combatentes. Desta vez, as negociações contam com o apoio de quatro países - Cuba, Chile, Venezuela e Finlândia. A segunda rodada deverá acontecer em Cuba, que tem grande interesse no sucesso da empreitada porque poderia sair da lista do Departamento de Estado americano de países que apoiam grupos terroristas e com isso vencer o principal obstáculo para a suspensão do embargo americano à ilha.

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