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EUA/Eleições

Em debate, Romney parte para o ataque e termina em vantagem

A última fase da corrida à Casa Branca começou nesta quarta-feira em Denver, no Colorado. O presidente Barack Obama e o adversário Mitt Romney ficaram cara a cara pela primeira vez para tentar ganhar a simpatia de uma pequena parcela da população americana, os eleitores indecisos dos estados-chave que no dia 6 de novembro vão decidir a eleição. O candidato republicano - que parecia mais preparado e agressivo - partiu para o ataque já no começo e foi assim até o fim.

Os candidatos à presidência dos EUA, o republicano Mitt Romney  e o atual presidente, Barack Obama,participaram nesta quarta-feira (3) do primeito debate da campanha eleitoral.
Os candidatos à presidência dos EUA, o republicano Mitt Romney e o atual presidente, Barack Obama,participaram nesta quarta-feira (3) do primeito debate da campanha eleitoral. REUTERS/Jim Urquhart
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Raquel Krahënbühl, correpondente da RFI em Washington

Como era esperado, os dois candidatos apresentaram pontos de vista opostos e tiveram discussões acirradas sobre questões domésticas como economia, política fiscal, reforma da saúde e o papel do governo.

Romney criticou sobretudo as politicas econômicas do governo Obama dizendo que elas “esmagaram” a classe média. O republicano falou que a atual administração aumentou a pobreza, falhou em criar empregos e aumentou o déficit do país.

“Olhe para a evidência desses últimos quatro anos. Nós temos 23 milhões de pessoas sem trabalho ou que desistiram de procurar emprego, o crescimento desacelerou esse ano e no ano passado”, criticou. Romney se mostrou como a alternativa para ressuscitar a economia, criando empregos, reduzindo impostos e diminuindo o déficit do país.

O presidente - que parecia menos confiante, distante, e em alguns momentos até confuso - passou a noite se explicando e defendendo seu governo. Obama falou que as medidas que tomou - como o pacote de estímulo econômico e a ajuda à indústria automobilística – tiraram a economia da ruína.

Ele insistiu ainda que a atual crise econômica é herança do governo anterior de George W. Bush. “Quando eu entrei na Sala Oval, eu tinha um déficit de mais de um trilhão me cumprimentando. E nós sabemos de onde ele veio: duas guerras pagas no cartão de crédito, dois cortes de impostos que não foram pagos, uma série de programas que não foram pagos e, então, uma enorme crise econômica.”

Obama acusou Romney de propor as mesmas políticas que falharam antes – como o plano de corte de US$ 5 trilhões para os mais ricos - e de não apresentar propostas claras para solucionar os problemas.

No fim, cada candidato deixou seu recado. Obama prometeu continuar lutando pelo povo americano todos os dias da mesma maneira que fez no primeiro mandato. Romney falou que está preocupado com a direção que o país tomou nos últimos quatro anos e prometeu mudar esse rumo.

Romney chegou ao debate com uma leve desvantagem nas pesquisas: tem agora o apoio de 46% dos eleitores e Obama de 49%. Nos estados que definem a eleição, o buraco é ainda maior: Obama é o preferido de 52% e Romney de 41%.

Mas esse prejuizo não o intimidou e de acordo com uma pesquisa da rede de TV CNN, 67% dos americanos consideraram que Romney foi o "vencedor" desse primeiro debate. E assim foi confirmada a tendência de que o presidente em exercício tem mais a perder no primeiro duelo. A pergunta agora é se o mesmo vai acontecer nas pesquisas de intenção de voto e depois nas urnas.

 

 

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