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Bolívia/Nacionalização

Espanha quer preço justo por expropriação de TDE na Bolívia

O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, anunciou que vai pedir um preço justo pela expropriação realizada, nesta terça-feira, pelo presidente boliviano, Evo Morales, da empresa Transportadora de Eletricidade (TDE), uma filial da Rede Elétrica Espanhola (REE).

O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, durante pronunciamento em Madri.
O ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, durante pronunciamento em Madri. REUTERS/Susana Vera
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Murilo Salviano, em colaboração para a RFI

Morales, que diz lutar pelos recursos naturais do país, foi criticado pela oposição. Ele justificou a expropriação da TDE como um presente aos trabalhadores da Bolívia, neste 1º de maio, e como uma resposta à falta de investimentos da empresa durante os 16 anos em que funciona no país. Morales contou com as tropas do Exército para ocupar o prédio da filial TDE, atitude reprovada por outros dirigentes bolivianos.

Em entrevista exclusiva à RFI, a porta-voz do governo boliviano, Amanda Dávila, declarou que essa expropriação não é similar ao processo feito pelo governo argentino com a petrolífera Repsol, há duas semanas.

"Essa decisão do governo boliviano não é igual à que foi adotada pela Argentina. O que temos que saber agora é o valor da empresa. De qualquer forma, o governo prevê pagar o total do conjunto das ações da Rede Elétrica Internacional. Essa avaliação vai ser num prazo de 180 dias e por uma auditoria independente", observou a porta-voz.

Segundo o embaixador da Espanha em La Paz, Ramón Santos, a notícia pegou de surpresa o governo espanhol, que não ficou nada contente com a medida. A oposição boliviana não apoiou Morales e qualificou a tomada da empresa TDE como desnecessária.
 

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