Impasse sobre Cuba provoca fim de cúpula sem declaração final
A Cúpula das Américas que terminou neste domingo em Cartagena, Colômbia, pode ser a última. A falta de um acordo principalmente em relação a futuras participações de Cuba no encontro fez com que vários líderes se recusassem a assinar um documento final.
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Em uma coletiva de imprensa após o encerramento da cúpula, o anfitrião, o presidente colombiano, Manuel Santos, confirmou a falta do consenso. Santos tentou minimizar o fracasso, acrescentado que o encontro foi útil porque pela primeira vez, os 31 chefes de Estado e governo puderam falar de todos os temas, sem restrições. Ele acrescentou ter esperanças de que Cuba possa participar da próxima cúpula, em 2015, no Panamá.
Os Estados Unidos, com o apoio do Canadá, insistem em manter Cuba fora das próximas reuniões. O embargo existe desde 1959, quando Cuba foi excluída da Organização dos Estados Americanos, após a revolução comunista liderada por Fidel Castro.
Outro tópico que não teve o apoio dos dois países da América do Norte foi a soberania reivindicada pela Argentina sobre as ilhas Malvinas/Falklands. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, deixou Cartagena já pela manhã, depois da foto de família, mas antes do final da cúpula, em claro protesto.
O principal conselheiro internacional da presidenta Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia, em entrevista a uma rádio local, declarou que a oposição dos Estados Unidos e do Canadá em relação a Cuba e às Malvinas impossibilitaram uma declaração conjunta.
A Colômbia é um importante aliado dos EUA na região. Washington contribui com ajuda militar e financeira no combate a guerrilhas e ao narcotráfico.
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