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WikiLeaks/ Estados Unidos

WikiLeaks publica e-mails confidenciais de espiões privados

A rede WikiLeaks, que abalou a diplomacia mundial em 2010 ao publicar documentos secretos americanos, anunciou nesta segunda-feira que começou a publicar mais de cinco milhões de e-mails confidenciais da Stratfor, empresa privada norte-americana de inteligência e análise estratégica.

O fundador do WikiLeaks mostra documentos secretos em coletiva de imprensa em Londres.
O fundador do WikiLeaks mostra documentos secretos em coletiva de imprensa em Londres. REUTERS/Finbarr O'Reilly
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O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, declarou em uma entrevista coletiva em Londres nesta segunda-feira que os e-mails iriam revelar "mentiras escondidas por espiões privados", que envolvem inclusive o nome do banco Goldman Sachs.

"Nos últimos dez anos, estas redes de informantes se espalharam pelos Estados Unidos e por outros países sem prestar contas", disse Assange, que acusa os analistas da Stratfor de "brincar de James Bond da forma mais absurda e ineficaz".

As mensagens eletrônicas, datadas entre julho de 2004 e dezembro de 2011, revelam o uso de "redes de informantes, estruturas de suborno, técnicas de lavagem de dinheiro e o emprego de métodos de cunho psicológico", indica um comunicado do WikiLeaks.

O site afirma ter provas da existência de vínculos confidenciais entre a Stratfor e firmas como a Indienne Bhopal's Dow Chemical Co. e a Lockheed Martin, assim como organizações governamentais, entre elas o Departamento de Estado, o de Segurança Interior (Homeland Security), o Corpo de Fuzileiros Navais e o órgão de informação para Defesa.

A Stratfor, fundada em 1996 por George Friedman, se define como "provedora de um serviço de análise de assinatura geopolítica por assinatura". Segundo a página da companhia texana, "ao contrário dos canais tradicionais de notícia, a Stratfor utiliza os serviços de inteligência para coletar informações graças a um rigoroso software de escutas e uma rede global de fontes humanas".

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está atualmente na Grã-Bretanha e tenta evitar uma extradição para a Suécia, país que quer interrogá-lo por quatro supostos crimes sexuais, incluindo um estupro.

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