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USA/Justiça

Médico de Michael Jackson é condenado a quatro anos de prisão

Conrad Murray foi condenado a quatro anos de prisão por participação na morte de Michael Jackson. A sentença foi anunciada nesta terça-feira, 29 de novembro, no tribunal de Los Angeles. O juiz encarregado do caso disse que o médico do cantor não demonstrou nenhum remorso durante o processo. A justiça deve decidir em janeiro se Murray terá que pagar uma indenização aos familiares do artista. 

O médico Conrad Murray durante o anúncio da sentença em Los Angeles.
O médico Conrad Murray durante o anúncio da sentença em Los Angeles. Reuters
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Depois de semanas de espera, o juiz Michael Pastor anunciou que Conrad Murray terá que cumprir uma pena de quatro anos de prisão por participação na morte de Michael Jackson. Essa é a pena máxima prevista para os casos de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Durante o anúncio da sentença, o juiz comentou a atitude do médico. “Doutor Murray mentiu várias vezes para esconder suas transgressões. Ele violou a confiança da comunidade médica e de seu paciente. Ele não demonstrou nenhum remorso e é perigoso”, avaliou Pastor. O médico terá a sua licença de médico cassada.

A acusação também havia pedido que Murray pagasse uma indenização de 100 milhões de dólares para a família do cantor pelas perdas causadas com a morte do astro. A justiça decidiu que o médico deve indenizar os familiares, mas o valor será divulgado apenas em 23 de janeiro, durante uma nova audiência. Os irmãos de Michael Jackson, La Toya, Jermaine e Randy, estavam presentes no tribunal na hora do anúncio da sentença.

Aos 58 anos de idade, Murray sempre foi conhecido por seu percurso profissional impecável. Além operar no Doctors Hospital de Houston, ele também criou um instituto de cardiologia em um bairro pobre da cidade. Durante o processo, vários pacientes testemunharam a favor do médico para atestar sua credibilidade. No entanto, o médico também era conhecido por seus gastos, e a proposta de acompanhar a preparação física de Michael Jackson para os shows de Londres teria sido uma solução para suas dívidas. Murray foi contratado por um salário mensal de 150 mil dólares.

Durante o processo que durou seis semanas, o júri considerou Conrad Murray culpado de “negligência criminal”. Ele teria contribuído para a morte de Michael Jackson, que faleceu em 25 de junho de 2009 vítima de uma “grave intoxicação” causada pelo uso de propofol, um forte sedativo. O medicamento era utilizado frequentemente pelo cantor como sonífero, com a cumplicidade do doutor Murray. O médico reconheceu durante o processo ter injetado o calmante em Jackson na manhã de sua morte.
 

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