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Caso Strauss-Kahn

Camareira que acusa Strauss-Kahn fala à imprensa

A camareira Nafissatou Dialo, que acusa o ex-diretor-geral do FMI de agressão sexual, decidiu sair do silêncio e concedeu duas entrevistas à imprensa americana. A imigrante guineana escolheu uma revista, a Newsweek, e um canal de televisão, ABC News, para contar pela primeira vez a sua versão da história de tentativa de estupro, que teria sido cometida por Strauss-Kahn em um hotel de Nova York.

Nafissatou Dialo (esquerda) ao lado da jornalista americana Robin Roberts, da ABC, em Nova York. A entrevista foi gravada ontem.
Nafissatou Dialo (esquerda) ao lado da jornalista americana Robin Roberts, da ABC, em Nova York. A entrevista foi gravada ontem. REUTERS/ABC/Heidi Gutman/Handout
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A edição da revista foi publicada ontem e o programa de televisão, Good Morning America", vai ao ar hoje nos Estados Unidos. Nas palavras de Nafissatou Dialo, Dominique Strauss-Kahn "é um louco" que lhe atacou tão logo ela entrou para limpar a suite 2806.

A uma semana da próxima audiência sobre o caso, a camareira decidiu falar porque deseja que o ex-diretor do FMI "vá para a prisão, um lugar onde não se pode usar nem seu dinheiro, nem seu poder". Ela afirma querer justiça, em um momento em que a credibilidade do seu depoimento é contestada pela promotoria.

Conforme a Newsweek, Nafissatou, a mulher de 32 anos e 1m78, chorou por diversas vezes durante a entrevista. Ela insistiu na versão de que ingressou no quarto pensando que a suíte estava vazia e, ao se deparar com "um hóspede de cabelos brancos" nu, pediu desculpas e tentou se retirar, mas foi impedida pelo homem. Com violência, Strauss-Kahn a teria obrigado a fazer sexo oral nele, e só depois a teria deixado sair da suíte. Lesões leves no órgão genital e no ombro da camareira foram comprovadas pelos exames de corpo e de delito realizados nela após a denúncia de agressão sexual.

Consultados, os advogados do francês disseram ontem que a camareira "é a primeira vítima da história a promover uma campanha midiática" para convencer o procurador a manter o processo, e acusaram Nafissatou de querer ganhar dinheiro com o caso.
 

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