Martelly é confirmado presidente do Haiti

O Conselho Eleitoral do Haiti divulgou nesta quinta-feira os resultados oficiais e definitivos do segundo turno das eleições presidenciais e legislativas realizadas no dia 20 de março no país.

Em visita aos Estados Unidos, Michel Martelly se encontrou no dia 19 de abril com o diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn. Reuters/IMF/Michael Spilotro/Handout

O cantor Michel Martelly, com 67% dos votos, derrotou a candidata concorrente, Mirlande Manigat, e assume o poder no dia 14 de maio, no lugar de René Préval. Antes mesmo de ser empossado, Martelly realiza desde terça-feira uma visita oficial a Washington, onde se encontrou com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que elogiou a dedicação de Martelly às necessidades do povo, "e sua clareza a respeito do que ele espera fazer pelos haitianos." O novo presidente também se reuniu com o dirigente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn.

O Inité, partido do novo presidente haitiano, elegeu apenas três parlamentares, mas as principais formações políticas já anunciaram que vão apoiar Martelly. Por enquanto há muita cautela em se falar em oposição, pois a hora agora é de se unir para enfrentar os problemas que ficaram após o grande terremoto de janeiro de 2010.

O presidente terá pela frente o desafio de tirar do papel os planos de reconstrução de um Haiti devastado por sua pobreza extrema, agravada pelos tremores que deixaram mais de 300 mil mortos e pela epidemia de cólera que fez quase cinco mil vítimas fatais em seis meses. Segundo estimativas, 1, 7 milhões de pessoas ainda estão vivendo em barracas, 15 meses após o tremor. Para piorar a situação, cerca de 16 furacões estão previstos na região, a partir de junho.

Martelly anunciou que pretende empreender a saída progressiva dos soldados da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah) assim que o país caribenho dispuser de uma força própria.