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Nigéria/Atentado

Atentado do Boko Haram contra torcedores de futebol deixa mais de 30 mortos na Nigéria

A semana começa marcada por violência na Nigéria. Pelo menos 30 pessoas morreram num atentado, cometido por três homens-bomba do grupo radical islâmico Boko Haram. O ataque aconteceu na noite de domingo (16), na região nordeste do país africano.

Pelo menos 30 pessoas morreram em um atentado do grupo radical islâmico Boko Haram, ocorrido ontem à noite em Maiduguri, capital do estado de Borno na Nigéria.
Pelo menos 30 pessoas morreram em um atentado do grupo radical islâmico Boko Haram, ocorrido ontem à noite em Maiduguri, capital do estado de Borno na Nigéria. REUTERS/Ahmed Kingimi
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Este foi o ataque mais violento cometido nos últimos meses na Nigéria pelo grupo insurgente extremista. Os explosivos foram acionados em um local onde dezenas de pessoas assistiam a um jogo de futebol na localidade de Kondunga, a quase 40 km de Maiduguri, capital do estado de Borno, área que é um conhecido reduto do Boko Haram. O ataque também deixou 40 feridos.

As autoridades dizem que a falta de infraestruturas médicas apropriadas para enfrentar este tipo de emergência e o tempo perdido em obter a autorização do exército para chegar ao local do atentado contribuíram para o balanço elevado de vítimas.

Despreparo

Testemunhas denunciaram esse despreparo. Garba Abdullahi, que estava no local no momento das explosões disse que as pessoas morreram por falta de hospitais. "Algumas vítimas passaram a noite toda sangrando e os médicos reclamaram que não há remédios", completou.

Konduga foi cenário de vários ataques dos homens-bomba do Boko Haram. Em julho do ano passado, oito pessoas morreram em um atentado suicida contra uma mesquita da localidade. Os ataques são cometidos com frequência por mulheres contra alvos civis, como mesquitas, mercados e pontos de ônibus.

Dez anos de conflito

Após quase 10 anos de conflito, a rebelião do Boko Haram deixou 27.000 mortos na Nigéria e mais de 1,7 milhão de pessoas impossibilitadas de retornar para suas casas. Na região do lago Chade, onde ficam as fronteiras do Chade, Níger e Nigéria, o Grupo Islâmico da África do Oeste (ISWAP, na sigla em inglês), uma facção do grupo Boko Haram, tem, de acordo com a ONU, entre 1.500 a 3.500 jihadistas sob o comando de Abu Musab al-Barnaui.

A propagação dos extremistas a países vizinhos - incluindo Camarões - levou à criação de uma coalizão regional, a Força Multinacional Mista (FMM).

(Com informações da AFP)

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