Acessar o conteúdo principal

“Eu amo a Nigéria”: Macron quer melhorar segurança e acesso à cultura no país

O presidente francês Emmanuel Macron está de passagem pela Nigéria nesta terça-feira (3), país que o chefe de Estado conhece bem após ter feito um estágio durante seus anos de estudo na conceituada Escola Nacional de Administração (ENA). Macron deve debater com Muhammadu Buhari, líder nigeriano, sobre questões de segurança e a luta contra o grupo terrorista Boko Haram.

Emmanuel Macron e Muhammadu Buhari em Paris
Emmanuel Macron e Muhammadu Buhari em Paris ALAIN JOCARD / AFP
Publicidade

“É um país que amo muito. Tenho várias lembranças da África, que nunca me deixaram”, declarou Macron. Após uma visita ao Gana no mês passado, chegou a vez da Nigéria, poderosa parceira econômica da França. Em Abuja, capital federal do país, o presidente francês deve discutir com Buhari a respeito do combate contra o Boko Haram.

“Muhammadu Buhari foi essencial para a força de ação africana contra o Boko Haram e trouxe resultados”, afirmou Macron, que lembrou a importância da união dos estados africanos na luta. A Nigéria é palco principal da insurreição jihadista, que já deixou 20.000 mortos desde 2009.

Lagos: eldorado artístico africano 

Para a terceira etapa de sua visita, na cidade de Lagos, o presidente francês, o primeiro pisar na megalópole, vai seguir a linha diplomática habitual e se concentrar no investimento cultural. Nesta terça-feira, o chefe de Estado francês deve lançar a Temporada das culturas africanas, que acontecerá na França em 2020.

De acordo com Macron, o Eliseu deseja por em ação uma estratégia cultural e artística que “coloque a África no centro”. A escolha da casa de shows Shrine como local para a reunião surpreendeu os nigerianos, mas Macron reafirmou sua decisão de se reunir num “lugar vibrante”.

“É uma bela surpresa o fato de que Macron tenha escolhido celebrar a cultura durante sua visita a Lagos”, afirmou o Ministro local do Turismo e da Cultura, Seteve Ayorinde. “Ao mesmo tempo, não é um choque, tendo em vista a reputação da França com relação à cultura e que Macron é um presidente jovem e que conhece o país”.

Tokini Peterside, diretora da Art X, uma das maiores feiras de arte contemporânea da África, disse que Macron foi “ousado”. “Lagos pode enfim mostrar o que é: a capital cultural da África, com músicos, artistas e estilistas que são hoje conhecidos no mundo todo”.

Na quarta-feira (4), a previsão é de que o presidente inaugura uma nova sede da Aliança Francesa na cidade, onde, apesar da grande energia artística, o acesso à cultura permanece limitado e caro.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.