Rei da Suazilândia muda nome do país para celebrar 50 anos de independência
O rei da Suazilândia, pequena nação da região sul da África, decidiu mudar o nome do país, que voltará a se chamar eSwatini, sua alcunha original. Esse é um dos principais anúncios feitos por Mswati III para comemorar o 50° aniversário de independência da Suazilândia, antigo protetorado britânico e última monarquia absoluta do continente.
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Em seu discurso, Mswati III afirmou que “após a independência, todos os países da África austral recuperaram seus antigos nomes, de antes da colonização” e que já era hora da Suazilândia fazer o mesmo.
Para a oposição, a mudança de nome não é uma prioridade e levanta diversas questões: por que fazê-lo agora, cinquenta anos depois? Além disso, será necessário alterar a Constituição e modificar o nome de outras instituições ou até mesmo de documentos oficiais?
Motivo frívolo
De acordo com Pudemo, único grupo de oposição autorizado no país, a mudança de nome não passa de um “capricho” do rei Mswati III, que quer desviar a atenção de conflitos sociais mais graves. “Isso nunca foi um problema de verdade, a população diz que essa troca não era necessária. O rei tomou essa decisão para mostrar que ele detém o poder. É um homem que não tem mandato, um monarca absoluto”, declarou Mario Asuku, presidente do Pudemo.
A mudança de nome seria, portanto, uma forma de evitar os verdadeiros problemas do país, como a ausência de democracia ou o desrespeito dos direitos humanos. No poder desde 1986, o rei Mswati III é duramente criticado por seu modo de vida de luxo, a despeito da grande pobreza na nação.
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