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Sequestro/Nigéria

111 adolescentes seguem desaparecidas após ataque do Boko Haram na Nigéria

Ainda não há notícias das alunas desaparecidas nesta semana na região nordeste da Nigéria. De acordo com a polícia, 111 meninas sumiram na segunda-feira (19), desde o ataque do grupo radical islâmico Boko Haram em Dapchi, no estado nigeriano de Yobe.

Adolescentes de Dapchi que afirmam terem escapado do ataque do Boko Haram em sua escola, em 22 de fevereiro de 2018.
Adolescentes de Dapchi que afirmam terem escapado do ataque do Boko Haram em sua escola, em 22 de fevereiro de 2018. © REUTERS/Ola Lan
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O governador de Yobe anunciou nesta sexta-feira (23) às famílias que nenhuma colegial foi encontrada pelas autoridades. O novo anúncio foi feito nesta quinta-feira (22), após um pronunciamento que dizia exatamente o oposto, no dia anterior.

Os habitantes e as famílias das jovens desaparecidas estão extremamente irritados com a confusão causa pelo erro de informação do governo e o sequestro das adolescentes, criando uma crise de confiança da população com as autoridades nigerianas.

Após o ataque, cerca de 815 estudantes retornaram ao internato da localidade de Dapchi na quarta-feira (21), que possui um total de 926 alunas. As demais seguem desaparecidas, declarou Abdulmaliki Sumonu, porta-voz do governo de Yobe, indicando que "nenhum caso de sequestro foi notificado por enquanto".

Pânico de “um novo Chibok

Os combatentes do Boko Haram, fortemente armados, atacaram a cidade de Dapchi, no estado de Yobe, na segunda-feira (19), segundo testemunhas. As alunas e os professores de um internato feminino, o Girls Science Secondary School, fugiram para a selva, temendo a repetição do sequestro das garotas de Chibok, em 2014.

"Nossas meninas estão desaparecidas há dois dias e não sabemos onde estão", disse Abubakar Shehu, cuja neta está entre o grupo desaparecido na selva da Nigéria. "Nos disseram que elas estavam em outras aldeias, mas estivemos em todos os lugares mencionados em vão", acrescentou. "Começamos a temer que o pior tenha acontecido", acrescentou. "Temos medo de um novo Chibok", concluiu.

Inuwa Mohamed, cuja filha de 16 anos, Falmata, não reapareceu, confirmou que os pais haviam procurado suas filhas em todas as aldeias vizinhas. "Ninguém nos diz nada oficialmente", indicou Moahmed. "Ainda não sabemos quantas foram encontradas e quantas ainda estão desaparecidas", acrescentou.

O grupo jihadista Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é um pecado", conduz desde 2009 ataques no nordeste da Nigéria que já mataram mais de 20 mil pessoas. Em 2014, provocou uma onda de indignação global com o sequestro de 276 meninas em uma escola em Chibok.

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