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Brasil-África

Atletas moçambicanos se preparam para as Olimpíadas

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Veja como os canoístas moçambicanos Joaquim Lobo e Mussa Chamaune, e o atleta Kurt Couto, especialista nos 400 metros com barreiras, se preparam para os Jogos Olímpicos.

A atleta moçambicana Maria Mutola celebra a medalha de ouro nos 800 metros rasos para mulheres nas Olimpíafdas de Sidney Sidney
A atleta moçambicana Maria Mutola celebra a medalha de ouro nos 800 metros rasos para mulheres nas Olimpíafdas de Sidney Sidney (Foto: Divulgação)
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Fábia Belém, correspondente da RFI em Moçambique

Na canoa, o sonho de chegar às Olimpíadas do Rio. O esforço do jovem Joaquim Lobo não foi em vão. “Eu me sinto muito feliz por isso, representar Moçambique na canoagem. Fico muito orgulhoso porque os futuros atletas, eles vão tentar fazer o que eu fiz, vão seguir os meus passos como uma meta”.

Os passos de Joaquim são os mesmos de Mussa Chamaune. Juntos, eles formam a primeira dupla de canoístas moçambicanos a participar de uma Olimpíada na prova de 1000 metros. O secretário-geral da Federação Moçambicana de Vela e Canoagem, Hélio da Rosa, explica que a classificação dos dois atletas para os Jogos Olímpicos está associada à evolução que tiveram em oito meses.

Os dois atletas passaram esse período no Centro de Treinamento, em Curitiba, graças a uma parceria entre o Comitê Olímpico de Moçambique e a Federação Brasileira de Canoagem. “Chegaram lá, encontraram atletas já mais evoluídos, e a Confederação Brasileira preocupou-se em colocar os nossos atletas no mesmo nível dos atletas brasileiros”.

As lições aprendidas no Brasil fizeram Mussa aprimorar muito mais que a técnica. “Consegui ganhar mais experiência, consegui olhar para os adversários de uma outra forma; pensava que podia ser só o melhor, mas tenho que pensar que os outros também estão a treinar mais forte ainda”.

Kurt Couto foi primeiro a garantir vaga nas Olimpíadas

O atleta moçambicano Kurt Couto é especialista em 400 metros com barreiras. Treina bem perto do país onde nasceu - na vizinha África do Sul, onde mora desde os oito anos de idade. Foi o primeiro moçambicano a garantir uma vaga nos jogos do Rio. Será a quarta Olímpíada de Kurt. E pela quarta vez, vai carregar a bandeira de Moçambique na cerimônia de abertura. “Mais uma vez vai ser uma honra, é um grande orgulho pra mim. E não tenho, não tenho palavras para dizer o quanto eu fico feliz por carregar a bandeira de Moçambique”.

Kurt, Joaquim e Mussa são os únicos moçambicanos classificados para as Olimpíadas até agora. Mas o chefe da Delegação de Moçambique, Valige Tauabo, tem esperanças de levar mais atletas. “Uma das vias é esta, a de qualificação própria dos atletas nos eventos em que participam. Os atletas que não se qualificam poderão, também, serem convidados a participar dos Jogos Olímpicos, por via de critérios que a organização atribui”.

Na opinião de Tauabo, competir no Brasil tem um sentido muito especial para os moçambicanos. “É tão agradável saber que esses jogos estão a ser realizados em casa. No Brasil, pra nós, é em casa”. Moçambique começou a participar dos Jogos Olímpicos em 1980. De lá para cá, esteve presente em todas as edições. A atleta Maria Mutola, especialista na prova dos 800 metros, conquistou duas medalhas para o país - uma de bronze, nos jogos de Atlanta, e uma de ouro, em Sydney.

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