Na contramão de uma crise econômica que se agrava a cada dia no Brasil, o setor do agronegócio segue uma tendência de crescimento e exibe números que revelam o dinamismo de um setor fundamental para o país.
A produção de soja, carro-chefe da agricultura brasileira, que bateu recorde no ano passado com mais de 100 milhões de toneladas, continua sua trajetória de crescimento. Outros produtos, como o café, também aumentam a cada mês suas perspectivas de exportação e sustentam a balança comercial do Brasil.
No ano passado, segundo o IBGE, enquanto o PIB do Brasil recou 3,8%, o setor do agronegócio foi o único que cresceu no país 1,8%.
Nesta entrevista, o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Rodrigo Diniz, atribui a um conjunto de fatores o sucesso de um setor em que o Brasil é reconhecidamente um líder mundial. “Desde a década de 70, a produtividade do setor se multiplicou por cinco”, afirma.
Segundo ele, a atividade do agronegócio saiu das garras do “dirigismo estatal brasileiro” em vários outros setores nos últimos anos. “O agronegócio foi desregulamentado no início dos anos 1990 e, com isso, tem se tornado cada vez mais uma economia de mercado”, diz .
“O Brasil é o país que tem o menor índice de subsídios federais e estatais na agricultura. Isso é algo diferente do que existe em qualquer outro país do mundo. Por isso a gente se mantém à margem da crise”, explica.
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