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Brasil-África

Gastronomia brasileira faz sucesso em Moçambique

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Na terra da matapa, da xima, do frango à zambeziana e do camarão tigre, muitas mesas podem reunir a fusão de cozinhas de diversos cantos do mundo, inclusive, do Brasil.

A brasileira Paula Taha, que tem um restaurante em Maputo.
A brasileira Paula Taha, que tem um restaurante em Maputo. Fábia Belém/RFI Brasil
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Fábia Belém, correspondente da RFI em Maputo

“Moçambicano gosta muito da comida portuguesa. Adora um bom prato de bacalhau cozido com batatas ou uma feijoada à portuguesa”, explica Regina Ramos, que trabalha como gerente num restaurante português, em Maputo.O período colonial trouxe a cozinha portuguesa para Moçambique. Só na rua onde Regina trabalha, há mais duas casas que oferecem a tradicional gastronomia da terra de Camões.

Os sabores que vêm do outro lado do oceano índico

Por causa da proximidade geográfica com o maior dos continentes, o país africano foi e continua a ser, também, destino de asiáticos. Muitos chegam trazendo consigo os sabores da terra natal e montam seus restaurantes. Dois são vizinhos de Regina Ramos. Não muito longe dela, especiarias enchem de perfume uma pequena loja de produtos indianos. Bibi Rasac, que trabalha no negócio da família, conta que aprendeu com os avós paternos a preparar comidas indianas. Mas foi com os maternos que conheceu os segredos dos pratos moçambicanos, como “frango à zambeziana, mucapata, matapa, cacana, xima, caril de carne, caril de frango”, lembra.

Viagem gastronômica em Maputo

É possível conhecer outras cozinhas do mundo sem sair da capital de Moçambique. Bibi Rasac, por exemplo, não precisaria andar muito se quisesse comida italiana, doces franceses e até comida brasileira.

Numa movimentada avenida de Maputo, a brasileira Paula Taha abriu com o marido uma padaria e pastelaria. O negócio já tem seis anos. “Servimos feijoada brasileira, além de alguns quitutes genuinamente brasileiros: quindim, brigadeiro, beijinho, pastel, tapioca”. Mas o produto que Paula mais vende “é o pão brasileiro, o pãozinho francês. Tem gente que vem até aqui e leva 20, 30, 40, 50 pães pra congelar, pra comer durante a semana”, explica.

As relações gastronômicas nas mesas moçambicanas

Brasileiros, portugueses, indianos, tailandeses, chineses. Todos têm contribuído para que o intercâmbio de ingredientes e sabores de diferentes povos fique cada vez mais intenso em Moçambique. Bibi é a prova de que essas relações gastronômicas têm chegado a muitas mesas moçambicanas. Ela afirma que tem aprendido a fazer comidas chinesas e até feijoada à brasileira. “Nós não comíamos feijão preto. Agora nós comemos porque veio com o povo brasileiro”, explica.
 

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