Filme sobre independência angolana fala sobre participação brasileira
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Ouvir - 03:09
A presença de angolanos exilados no Brasil durante parte do período de luta pela independência da então colônia portuguesa e o Brasil como o primeiro país a reconhecer o novo Estado, em 1975, são temas abordados no documentário "Independência", de duas horas, ainda inédito.
Jonuel Gonçalves, especial para a RFI Brasil
O filme é uma inciativa da Associação Tchiweka de Documentação (ATD), criada em Luanda há seis anos para estudar a luta pela independência de Angola com base nos arquivos de um dos mais destacados lideres dessa luta e entrevistas com outros intervenientes. No total foram mais de seiscentas entrevistas, dois grandes volumes de documentos, documentos para a imprensa e, agora, um documentário cinematográfico de duas horas (em fase de acabamento) que deverá ser apresentado neste ano em vários festivais internacionais.
A figura central do grupo de estudos é o general e historiador Paulo Lara, que recentemente esteve no Brasil e falou a respeito dos resultados: “É um sentimento de satisfação por termos cumprido os objetivos, ultrapassando de dificuldades e de que o documento vai poder servir gerações futuras.”
Entre os mais de 600 entrevistados do projeto, alguns estiveram exilados no Brasil durante a luta de independência de Angola. O historiador angolano explica que o Brasil agiu pela independência de Angola em dois sentidos. Por um lado, os generais da ditadura militar brasileira, que apoiavam o regime colonialista português, chegou a prender vários angolanos. Por outro, a luta angolana teve o apoio de movimentos negros e de esquerda.
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