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África

República Centro-Africana será etapa perigosa da viagem do papa pela África

O papa Francisco inicia nesta quarta-feira (25) sua primeira viagem à África em clima de tensão e sob forte esquema de segurança. O giro começa por Nairobi, no Quênia. Segundo os serviços secretos franceses, a etapa mais arriscada é Bangui, capital da República Centro-Africana, país que enfrenta desde 2013 uma guerra civil entre cristãos e muçulmanos.

Papa Francisco embarcando em Roma nesta quarta-feira.
Papa Francisco embarcando em Roma nesta quarta-feira. REUTERS/Giampiero Sposito
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Gina Marques, correspondente da RFI Brasil em Roma.

Programado meses atrás, o tour ocorre em um momento delicado principalmente depois dos atentados de Paris e da recente tomada de reféns no hotel em Bamako, capital do Mali.

Francisco visitará Quênia, Uganda e República Centro-Africana cercado por medidas de segurança extremas. Cerca de 10 mil policiais estão mobilizados nas capitais Nairóbi e Kampala, cidades nas quais o pontífice celebrará missas ao ar livre. O Vaticano não confirmou se Francisco vai caminhar no papamóvel aberto, pois a situação será avaliada no local.

No domingo 29 de novembro, em Bangui, capital da República Centro-Africana, será a cerimônia de abertura simbólica da "porta santa" da catedral. Trata-se de um gesto simbólico que antecipa a inauguração oficial do Jubileu da Misericórdia, em Roma, em 8 de dezembro, que significa a vontade do papa de dedicar mais atenção à periferia.

Soldados da ONU

A ONU enviará mais de 300 soldados capacetes-azuis baseados em outros países da África à Bangui para fortalecer a segurança durante a visita do papa. Eles vão reforçar os 12 mil integrantes das forças de paz da Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana.

Em Bangui, o programa do papa foi alterado na última hora. A visita à Mesquita Central, no bairro muçulmano Koudoukou, que estava marcada para a próxima segunda-feira, 30 de novembro, foi cancelada. O Vaticano não descartou outras mudanças na programação e reiterou que o cancelamento não deve ser interpretado como uma derrota.

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