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Justiça/África do Sul

Advogado de Pistorius não encontra argumentos para defender atleta

O advogado do ex-campeão paralímpico Oscar Pistorius suou frio nesta terça-feira (3). Durante o julgamento do recurso contra o atleta na cidade de Bloemfontein, na África do Sul, Barry Roux foi obrigado a parar sua argumentação diversas vezes e consultar suas anotações. A audiência foi transmitida ao vivo pela televisão sul-africana.

Um dos advogados de Oscar Pistorius, Barry Roux, teve de parar sua argumentação diversas vezes ao defender o atleta nesta terça-feira (3).
Um dos advogados de Oscar Pistorius, Barry Roux, teve de parar sua argumentação diversas vezes ao defender o atleta nesta terça-feira (3). REUTERS/Siphiwe Sibeko
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Começou na manhã de hoje o julgamento do recurso contra Oscar Pistorius. A promotoria tenta convencer o tribunal de Apelações que a morte de sua ex-namorada foi um assassinato e não um homicício culposo.

Pistorius, de 28 anos, foi condenado no ano passado a cinco anos de prisão pela morte da modelo Reeva Steenkamp na noite de São Valentim, dia dos namorados em vários países. O atleta alegou ter atirado contra a jovem, escondida no banheiro, pensando que um ladrão havia invadido a casa onde estavam.

O ex-atleta foi liberado antecipadamente no último dia 19 de outubro, depois de cumprir um sexto da pena, como prevê a lei sul-africana. Desde então, está morando na casa de um tio.

"Ele é vulnerável"

Durante mais de três horas, a defesa tentou convencer o juiz que a interpretação feita pela juíza Thokozile Masipa no ano passado é equivocada. Segundo sua análise, quando Pistorius atirou contra a porta do banheiro, ele sabia que atingiria Reeva. O advogado do atleta, Barry Roux, defende que Pistorius, uma pessoa que descreveu como "vulnerável" devido a sua deficiência física, não sabia quem estava atrás da porta e que ele acreditava que corria perigo.

No entanto, Roux teve dificuldade para defender sua teoria. Por várias vezes, o advogado se viu obrigado a interromper suas explicações para buscar argumentos em suas anotações.

O ministério público acusa a Alta Corte de Pretória de ter ignorado "provas importantes que teriam tornado a versão do acusado impossível". O procurador Gerrie Nel mencionou especialmente os depoimentos dos vizinhos de Pistorius que não foram levados em conta. Testemunhas afirmam ter escutado gritos de pessoas brigando na casa no atleta na madrugada de 14 de fevereiro de 2013, quando a modelo foi morta.

Pistorius pode voltar à prisão

A corte pode rejeitar o recurso, o que permitirá que o atleta continue a cumprir a pena de cinco anos na casa do tio. Mas, se for condenado por assasinato, ele seria obrigado a voltar imediatamente ao presídio e pode pegar uma pena de até 15 anos de prisão.

Pistorius não foi ao julgamento, mas a mãe de Reeva, June Steenkamp, marcou presença. Nos lugares reservados ao público, nos bancos seguintes aos da defesa, ela compareceu ao tribunal, a exemplo do que fez durante o julgamento em primeira instância em Pretória. "Estou aqui para apoiar Gerrie Nel e sua equipe", declarou.

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