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África/EUA

Após Quênia, Barack Obama faz visita inédita à Etiópia

O presidente dos Estados Unidos chegou neste domingo (26) à Etiópia, segunda etapa de seu giro africano. Barack Obama desembarcou no início da noite, 18h00 pelo horário local (12h em Brasília), na capital Adis Abeba, após uma visita inédita de dois dias ao Quênia, terra natal de seu pai. Obama é o primeiro presidente americano a visitar a Etiópia.

Barack Obama foi recebido neste domingo (26), no aeroporto de Adis Abeba, pelo primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn.
Barack Obama foi recebido neste domingo (26), no aeroporto de Adis Abeba, pelo primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn. Reuters
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O presidente norte-americano vai passar 48 horas no país. Ele tem um encontro nesta segunda-feira (27) com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, e na terça-feira (28) faz um esperado discurso na seda da União Africana (UA). Ao visitar a Etiópia, o presidente americano recompensa um aliado importante na luta contra o terrorismo na região.

“Essa visita inédita de um presidente americano vai levar a relação bilateral a um novo patamar”, comemorou Tewolde Mulugeta, porta-voz do ministério das Relações Exteriores etíope. Ele informou que a pauta de discussões será dominada por questões de segurança regional, mas também pelo desenvolvimento econômico e a boa governança.

Direitos humanos

Com 95 milhões de habitantes, a Etiópia é o segundo mais populoso da África, depois da Nigéria. O país vive um momento de rápida expansão econômica, registrando uma das maiores taxas de crescimento do continente, quase 10% nos últimos cinco anos, segundo dados do Banco Mundial.

Ao contrário do Quênia, com freqüência alvo de ataques terroristas do grupo somali Shebab, a Etiópia parece uma ilha de estabilidade na região. No entanto, o governo reprime com violência a oposição e censura a imprensa. As organizações de direitos humanos temem que a visita de Obama ao aliado na luta contra o terrorismo na região seja interpretada pelas autoridades etíopes como um aval à violação dos direitos humanos no país.

Quênia

No discurso que encerrou sua visita ao Quênia, neste domingo, o presidente dos Estados Unidos pediu que o país renuncie à corrupção e ao tribalismo. "O Quênia está em uma encruzilhada, um momento cheio de enormes perigos, mas também de enormes promessas", disse Barack Obama a uma multidão entusiasmada no estádio Kasarani, em Nairóbi.

Obama também insistiu na necessidade de modificar o papel das mulheres na sociedade. Durante grande parte do discurso, Obama tentou manter contato com os jovens quenianos, uma população crucial num país onde 60% dos habitantes têm menos de 24 anos.

Durante sua visita de dois dias, Obama tentou alcançar dois objetivos: conseguir que os norte-americanos esqueçam os estereótipos sobre a África e que os africanos acreditem num futuro melhor. A mensagem de otimismo sobre o futuro do Quênia não pode, sem dúvidas, ocultar a ameaça jihadista que assombra o país e as duras medidas de segurança aplicadas.

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