Burkina Faso: o roteiro para a transição
Os representantes do exército do Burkina Faso abandonaram a sala de negociações, na capital, sobre o futuro da transição civil no país alegando questões de agenda. Neste sábado organizações da sociedade civil, partidos de oposição autoridades religiosas retomaram os trabalhos com vista a delinear o roteiro para o período de transição no país.
Publicado em: Modificado em:
" Contingências operacionais não nos permitiram arranjar tempo" declarou aos jornalistas o coronel Auguste Denise Barry à saída da sala, acrescentando ainda que veio apenas "encorajar" os trabalhos. O coronel Barry é o braço direito do tenente-coronel Isaac Zida, o actual homem forte do Burkina, designado pelos militares no passado dia 1 de Novembro para conduzir o país após a queda do chefe de Estado Blaise Compaoré.
Neste sábado, uma centena de representantes da oposição, sociedade civil, chefes tradicionais e religiosos retomaram os trabalhos depois da saída dos militares, constataram os jornalistas da agência AFP.
Em cima da mesa está o "roteiro para a transição" que visa definir o enquadramento dos futuros poderes civis, Governo e Parlamento, que irão gerir o país durante um ano de transição, até às eleições presidenciais e legislativas previstas para Novembro de 2015.
" Os trabalhos actuais vão ser sintetizados com outros trabalhos que estão a ser feitos por outras pessoas e com isso vamos chegar a um documento consensual que vai ser elaborado nos próximos dias", declarou o coronel Barry.
"Este documento deverá ser apresentado aos mediadores da troika - ONU- União Africana- e CEDEAO- terça ou quarta-feira", conclui o coronel Barry.
Com a colaboração da agência AFP
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro