Arranque da 23ª Cimeira da União Africana

Arrancaram hoje os trabalhos da XXIII Cimeira da União Africana (UA) em Malabo, Guiné Equatorial, sob o lema "Auto-suficiência Alimentar". Na ordem de trabalhos estão vários projectos com vista a traçar metas para tornar o continente auto-sustentável projectadas no Relatório de Avaliação da Agenda 2063 da UA.

União Africana em Malabo, Guiné Equatorial Neidy Ribeiro/RFI

O projecto de protocolo sobre a criação do Fundo Monetário Africano, o projeto de Convenção da União Africana sobre a Cibersegurança e o projeto de Convenção sobre a Cooperação Transfronteiriça vão ser, estes dias, propostos para serem submetidos e validados pelos líderes africanos reunidos nesta 23ª sessão ordinária da UA que decorre até amanhã, 27 de Junho, em Malabo.

Na cerimónia de abertura da cimera as atenções estiveram voltadas para o regresso do Egipto e da Guiné-Bissau que voltaram a ser admitidos na organização panafricana. No entanto, a instabilidade no continente africano continua a ser o tema forte do encontro entre os seus líderes, explica a nossa enviada especial a Malabo, Neidy Ribeiro.

01:29

Correspondência de Malabo

Os chefes de Estado do continente africano mantêm vontade em criar uma força africana. Ontem decorreu uma reunião para definir os moldes da Capacidade Africana de Intervenção Rápida, assunto em discussão desde a última sessão ordinária da UA em Addis Abeba. A novidade é que Angola, África do Sul e Argélia se comprometeram a fornecer meios aéreos para que esta força ganhe projecção até ao próximo ano, em 2015.
O director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Joaquim Espírito Santo, confirma a necessidade de se criar uma força que posssa intervir em caso de conflitos.

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Director para África e Médio Oriente junto do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Joaquim Espírito Santo

A Ministra dos negócios estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Natália Umbelina, explicou que alguns Estados estão a tomar consciência do papel da mulher na sociedade e da sua presença no ministério dos negócios estrangeiros, que representava " um espaço muito masculino e que foi durante muito tempo ocupado por homens".

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Ministra dos negócios estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Natália Umbelina

 As questões línguisticas também não ficaram de lado, segundo o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Agapito Mba Mokuy, "na comunidade internacional quanto mais línguas se fala melhor. Isso explica a política da Guiné Equatorial, quanto mais línguas falarmos para poder comunicar com a comunidade internacional é uma força e não uma fraqueza".

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Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Agapito Mba Mokuy

Portugal está a marcar presença na 23ª  cimeira da UA, já que dispõe do estatuto de observador, para o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luis Campos Ferreira, Lisboa está numa fase da sua vida diplomática, política e económica de grande desenvolvimento de relações com toda a África.

01:30

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Luis Campos Ferreira