Cimeira de Angola apostada no combate a rebeldes dos Grandes Lagos
A mini cimeira de Luanda dos chefes de Estado dos Grandes Lagos desta terça-feira aprovou a adopção urgente de acções militares contra os rebeldes activos no leste da República democrática do Congo. As acções serão desencadeadas contra os movimentos insurrectos naquela área que persistirem em não desarmar.
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O chefe de Estado angolano, antifrião do evento, convocara esta mini cimeira enquanto presidente em exercício da Conferência internacional da região dos Grandes Lagos.
José Eduardo dos Santos afirmara, logo no início, ser importante neutralizar os grupos rebeldes a operar no leste da RDC que chamou de "forças negativas", nomeadamente o ADF e da FDRL.
José Eduardo dos Santos, presidente angolano
Participaram no evento, para além de Angola, os presidentes do Congo, da República democrática do Congo, Ruanda e Uganda, membros da Conferência internacional dos Grands Lagos.
Um evento ao qual não compareceu, porém, o chefe de Estado da Tanzânia, que chegara a ser anunciado, mas que contou com a participação de um Estado não membro desse bloco: a África do Sul.
Este país, representado também pelo seu presidente, Jacob Zuma, assinara também um acordo de paz e segurança para a RDC.
A África do Sul que, recorde-se, tem ultimamente vivido alguns momentos de tensão com o Ruanda, após o assassínio em território sul-africano a 31 de Dezembro do ano passado do coronel Patrick Karegeya, antigo chefe dos serviços de informação ruandeses.
Uma crise que já levou à expulsão, por Pretória e Kigali, de diplomatas ruandeses e sul-africanos respectivamente. Um assunto que, segundo alguns observadores atentos do dossier, poderia ter sido evocado neste fórum de Talatona, em Luanda.
O ministro angolano das relações exteriores, Georges Chikoti, admitiu que o litígio entre os dois países mereceria, com efeito, a atenção dos estadistas presentes.
Georges Chikoti, ministro angolano das relações exteriores
Com a colaboração de Estelle Maussion, correspondente em Luanda
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