Ambiente de fim de reino para Gbagbo na Costa do Marfim
Combates violentos nesta sexta-feira na capital económica marfinense em torno da residência do chefe de Estado marfinense confirmam que tropas de Alassane Ouattara procuravam desalojar pela força o presidente cessante, Laurent Gbagbo.
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Em Abidjã os bairros de Cocody e do Plateau, que concentram a residência presidencial e a televisão marfinense, nomeadamente, foram palco de combates intensos nesta sexta-feira.
A população mantêve-se em casa, com lojas, repartições públicas encerradas enquanto o campo de Port Bouët, da força francesa Unicórnio acolhia 150 cidadãos gauleses, para além de 350 de outras nacionalidades devido, nomeadamente, às pilhagens registadas em vários bairros da cidade.
Em causa está uma operação militar levada a cabo desde segunda-feira pelas forças de Alassane Ouattara, tido como presidente pela comunidade internacional...
Essas forças que ocupam o norte marfinense desde 2002 avançaram rumo ao Sul e Abdijã seria, pois, o derradeiro objectivo dos mesmos para por cobro ao impasse desde a segunda volta das eleições presidenciais a 28 de Novembro passado.
Laurent Gbagbo tem recusado sempre ceder o seu lugar a Alassane Ouattara, o regime do chefe de Estado cessante estaria por um triz.
O retrado da situação em Abidjã é-nos feito por Maria Figueiredo, embaixadora do Brasil, cuja representação diplomática permaneceu fechada.
Maria Figueiredo
Angola, que durante muito tempo foi tida como apoiante de Laurent Gbagbo, subscreve a posição da União Africana que reconhece a legitimidade de Alassane Ouattara.
Georges Chicoty, ministro angolano das relações exteriores, admite que a organização panafricana falhou na gestão do dossier marfinense.
Georges Chicoty
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